quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Palácio Potala [Lhasa, Tibete]

Construído a uma altitude de 3700m, do lado da colina Marpo Ri, a Montanha Encarnada, no centro do Vale de Lhasa, o Palácio de Potala com as suas vastas muralhas interiores apenas quebradas nas partes superiores por filas rectas de muitas janelas, e os seus telhados planos em vários níveis, não é diferente de uma fortaleza na sua aparência. Na base Sul da rocha fica um grande espaço encerrado por muros e portões, com grandes pórticos no lado interior. Uma série de escadarias relativamente fáceis, quebradas por intervalos de subidas suaves, conduz ao topo da rocha.

O Palácio de Potala foi inscrito pela UNESCO no Património Mundial da Humanidade em 1994.

Algumas flores no jardim.
4 lanços de escadas para entrar no palácio, no dia seguinte a termos chegado. Lembro que o ar é rarefeito por aqui e o esforço adicional sente-se bem. Experimentei subir as escadas à campeão, e quando parei parecia que tinha acabado de correr 400m.
Finalmente a entrada.
Alguns guardiões pintados nas paredes. Infelizmente não se pode tirar fotos no interior do palácio, estão sepultados inúmeros Dalai Lamas sendo também um dos sítios mais sagrados de Lhasa e com um enorme simbolismo. Centenas de peregrinos passam pelos este palácio, rezam, deixam dinheiro aqui a ali em busca de uma melhor vida na próxima vida.
O Palácio Branco é a parte do palácio onde se encontravam os aposentos de estar do Dalai Lama. O primeiro Palácio Branco foi construído durante a vida do quinto Dalai Lama, em 1650, sendo depois alargado para o seu tamanho actual pelo décimo terceiro Dalai Lama no início do século XX. O palácio foi usado para uso secular e continha os aposentos de estar, gabinetes, o seminário e a tipografia. Um pátio central pintado de amarelo, conhecido como "Deyangshar", separa os aposentos de habitação do Lama e dos seus monges do Palácio Encarnado, o outro lado do Potala sagrado, o qual era totalmente devotado ao estudo religioso e à oração. Este contém as stupas de ouro — as tumbas de oito Dalai Lamas — a galeria de assembleia dos monges, numerosas capelas, e bibliotecas para as importantes escrituras Budista, o Kangyur em 108 volumes e o Tengyur com 225 volumes. (De costas para o Palácio Branco) O edifício amarelo, ao lado do Palácio Branco no pátio entre os principais palácios, acolhe gigantescos estandartes adornados com símbolos sagrados que se ostentam ao longo da face Sul do Potala durante os festivais de Ano Novo.

O Palácio Encarnado é uma parte do Palácio de Potala totalmente devotado ao estudo religioso e oração budista. Consiste num esquema complicado com muitas galerias diferentes, capelas e bibliotecas em muitos níveis com um complexo grupo de pequenas galerias e passagens enroladas.

Pagamento de promessa, é frequente ver bandeiras de oração e cachecóis brancos em sinal de boa sorte por todos o lado.
Escadaria de saída do palácio.
Rodas de oração em volta do palácio.

Mantras pintadas na pedra, rezas a e palavras mágicas que protegem o palácio.
Antiga entrada Oeste de Lhasa, junto ao palácio, guardadas por stupas.
O stupa é um tipo de monumento ou parte de um templo, construído em forma de torre, geralmente cónica, circundada por uma abóbada e, por vezes, com um ou vários chanttras (toldos de lona). Originalmente era um monumento funerário de pedra, semi-esférico. Com o advento do Budismo, evoluiu para uma representaçãoarquitectónica do cosmos.
Os Budistas Tibetanos acreditam que pela rotação do canastrel de metal da roda de oração (que é contem com um rolo de papel com orações e mantras impressos), eles acumularão méritos e karmas virtuosos que por sua vez lhes garantirão um renascimento em um dos três reinos superiores do ciclo de existência (samsara, Îkhor ba), i.e., os reinos dos deuses, semi-deuses, e seres humanos. Cada rotação da roda é considerada ao equivalente à recitação de qualquer que seja o mantra dentro do canastrel, permitindo rapidamente acumular o mérito necessário para evitar sofrimento indesejável em vidas futuras.
As rodas de oração são postas em volta dos palácios e templos, os quais são percorridos pelos peregrinos no sentido horário. O número de voltas que dão corresponde ao tipo de promessa que vêem pagar.
Stupas, nas traseiras do palácio.
Jardim nas traseiras do palácio, com um lago onde se pode andar de barco, pois dos chineses para ganhar mais uns trocos.
É bastante impressionante o edifício símbolo do Tibete. Infelizmente as fotos traduzem só parte do local e o que está lá dentro. Vale a pena visitá-lo e sentir toda a energia quer do edifício quer das pessoas (tibetanos) que o visitam. As rezas e orações que vão recitando à medida que vão percorrendo as salas e corredores, o cheiro da manteiga de iaque a ser consumido pelos pavios, o cheiro a incenso sempre presente... São coisa que não podem ser descritas por qualquer imagem ou frase. Estes posts são um aperitivo, resta partir à aventura para sentir (não saber) como é e como era, pois nada mudou neste local quase desde que foi construído, só mesmo o regime.

Sem comentários: